sexta-feira, 13 de junho de 2008

Dificuldades enfrentadas por estudantes de baixa renda











Por: Ana Caroline


Vida de universitário não é fácil. São trabalhos complicados para fazer, provas dificílimas para estudar, disciplinas diferentes para entender. Enfim, problemas que todos, não importa sua cor, sexo ou conta bancária, tem que enfrentar. Mas e se, além disso, o estudante enfrentar problemas financeiros? A preocupação aumenta e seu desempenho tende a cair. Porém essa regra não serve para todos.

Geralmente o jovem universitário recebe uma ajuda de custa dos pais para não precisar trabalhar e, assim, não atrapalhar seu aprendizado na universidade. Quando o jovem é sustentado pelos pais, tem mais tempo para estudar, ficar na biblioteca da universidade, se dedicar a pesquisas e eventos que fazem parte ou não de sua grade curricular. Entretanto, quando o jovem não recebe esse auxílio dos pais, tem que procurar um emprego ou estágio. Nem sempre consegue um serviço de meio expediente, então é forçado a trocar o turno do curso, atrasar algumas disciplinas ou não aproveita-las como deveria. Essa é a realidade de Rafaela Simões, que cursa Comunicação Social na Universidade Federal do Tocantins (UFT), e Gleiciane Lira, estudante de Farmácia na Universidade Luterana em Palmas (ULBRA).

Rafaela teve de mudar o horário de seu curso para trabalhar o dia todo. Quando perguntada se está aproveitando bem o curso, diz: “Acho que não estou aproveitando bem pelo fato de ter que trabalhar, isso atrapalha na dedicação ao curso”. Gleiciane tenta encaixar o serviço nas horas em que não está na Universidade, pois seu curso é integral. “Meu curso seria melhor aproveitado se eu pudesse fazer todas as matérias”. Além de Rafaela e Gleiciane mais duas estudantes foram entrevistadas, Cláudia Pereira, que cursa Administração na ULBRA, e Dalliane Chaves, estudante de Comunicação Social na UFT.


Cláudia Pereira veio para Palmas para estudar. Aqui, mora com a irmã e as duas dividem o aluguel. Ela trabalha para pagar as mensalidades da faculdade e o que
sobra de seu salário ela ajuda em casa. “Nós, estudantes de baixa renda, não podemos ficar parados esperando uma bolsa. Temos de ir atrás de nossos sonhos, pois a única universidade federal que temos em Palmas, infelizmente, só faz vestibular uma vez por ano, enquanto as particulares fazem duas vezes. Se não conseguimos passar na federal, não podemos esperar um ano para prestar vestibular de novo, então o jeito é encarar uma particular e correr atrás de nossos objetivos”.

Dalliane aponta seus gastos: “Vale transporte, material do curso, livros, xerox, impressão, internet (quando não se tem em casa, usa-se as chamadas lan-houses, que cobram, em média, R$1,50 a hora)”. E para quem enfrenta uma universidade particular, tem as mensalidades que são altíssimas. Além de tantos gastos, o estudante não dispõe de muito tempo para fazer o essencial: estudar. Depois de um dia exaustivo entre obrigações no trabalho e na faculdade, a única coisa que o estudante quer ao chegar em casa é dormir. O jeito é acostumar com a correria, que às vezes ao invés de estressante, torna-se divertida. A responsabilidade adquirida nesse contexto é imensa, e o jovem começa a perceber o peso da palavra independência.

SOLUÇÕES

Muito é feito para amenizar a situação. Como exemplo, a Casa do Estudante Jornalista Jaime Câmara, inaugurada no último dia nove de junho. A casa abrigará jovens de baixa renda que não têm onde morar. Geralmente são pessoas que vêm do interior para estudar e pagam aluguel ou moram de favor na casa de amigos e parentes. O projeto é da parceria do governo do Estado, Prefeitura de Palmas, Universidade Federal do Tocantins e Projeto Orla. Além da Casa Jornalista Jaime Câmara, o estudante palmense conta com auxílio Bolsa-Universitária, programas de estágio como o Primeiro Emprego, Jovem Profissional, que visa qualificação profissional e inclusão digital e Juventude Cidadã, que beneficia estudantes com até R$ 400,00.

Além da prefeitura, do governo do Estado e das secretarias, o jovem pode contar com outros parceiros que visam a vida profissional do estudante, como o Instituto Euvaldo Lodi (IEL), Centro de Integração Empresa-Escola (CIEE), programas do governo nacional, como o Programa Universidade para Todos (Prouni), que oferecem tanto bolsa de estágio (IEL e CIEE), quanto bolsa de estudos (Prouni).

FONTES:

ENTREVISTADAS

Cláudia Maria Pereira, estudante de Administração;
Dalliane Chaves, estudante de Comunicação Social;
Gleiciane Lira, estudante de Farmácia;
Rafaela Simões, estudante de Comunicação Social.

www.to.gov.br/juventude

2 comentários:

Unknown disse...

A inauguração foi dia 11 de Junho so pra corrigir ....

Anônimo disse...

realmente carolzinha nao é fácil...e para quem só faz isso da vida(estudar)é pior ainda! todo dinheiro que se precisa tem que pedir ao papai e isso é chato pra caramba!!!parabêns pela matéria infelizmente nao tive tanto êxito na minha.