domingo, 10 de agosto de 2008

Boas vindas aos Calouros 2008/2


Após mais um período de férias da faculdade, muitas viagens para uns e muito trabalho para outros, voltamos às aulas. Muitos de nós animados para rever os amigos, outros desanimados por terem de voltar a estudar e acordar cedo. Mas uma coisa é unanimidade: estávamos muito ansiosos para conhecer nossos novos calouros, os primeiros a entrarem pela parte da manhã depois de nós.


Eles ainda andam em grupos, e quando passam perto dos veteranos, caminham colados nas paredes. Os pouquíssimos homens da sala ainda caminham de peito estufado, e cuidam de seus penteados (pelos últimos dias) na tentativa de impressionarem tanto as colegas recatadas quantos as veteranas veteranas(repetido propositalmente). As mulheres, como são muitas, têm de todos os estilos, e todas são vaidosas em suas devidas proporções (inclusive as hippies de alargadores).


O culto ao terrorismo faz parte dos primeiros dias de aula, e apesar da “leve” repressão sofrida através de uma das professoras do 1° período, valeu a pena a tensão causada pelos tapas na parede vizinha. E outros momentos como esse virão pela frente. Mas nessa sexta-feira, 8, a Turma do Mário resolveu dar as boas vindas aos calouros à nossa maneira.


Com a apresentação de nossa cerimonialista oficial Leide, mais a criatividade do Diego alimentada pelo apoio do pessoal da sala que tava presente, invadimos (com autorização do Tio Alan) a sala deles com propriedade e fizemos uma recepção à altura do que somos capazes e do que eles merecem, com grande destaque ao monólogo da personagem Leda, uma mulher de família e muito vivida, que atualmente tem como projeto de vida integrar o próximo Big Brother Brasil, e se sujeita a qualquer coisa para isso. Ela aproveitou para dar conselhos aos novatos, inclusive para as meninas tomarem cuidado para não engravidar, “pois as cadeiras tem esperma”.


E pra finalizar, lançamos nosso trote solidário. Os calouros terão de levar um kg de alimento não perecível, com preferência para macarrão ou arroz, e que depois serão doados à Casa de 8 de Março, que serve de apoio às mulheres em condições de risco social. E devido à reclamação de uma das calouras pelo fato das cantinas não venderem frutas, tive a idéia de mais um trote solidário: que tal plantar algumas árvores? Até o final do curso veremos o resultado.


Calouros da turma 2008/2 de Comunicação, sejam bem vindos!


Vídeos da apresentação da Leda:

http://br.youtube.com/watch?v=DVMI4mpItzM

http://br.youtube.com/watch?v=gSddbwoQaJw

http://br.youtube.com/watch?v=VzhrzZ-hrAA&feature=user


Pra quem se interessar, nossa comunidade é essa:

http://www.orkut.com.br/Community.aspx?cmm=45147185

E a comunidade do Engenho Novo, banda do Diego e do Mário, é essa aqui:

http://www.orkut.com.br/Community.aspx?cmm=56242525





Por: Daniel Bauducco

segunda-feira, 23 de junho de 2008

BIBLIOTECA DA UFT






Por: Ana Caroline



ENTREVISTA COM: PAULO ROBERTO ALMEIDA


As bibliotecas da Universidade Federal do Tocantins (UFT) estão em processo de implantação de um novo sistema de busca virtual. Nesse novo sistema será possível encontrar qualquer livro do acervo da instituição com apenas um clique. Basta saber apenas o nome da obra ou seu autor que o computador mostra em que lugar o livro está localizado. Esse sistema é um módulo do recém-instalado software S.I.E que a instituição possui, em outras áreas como o almoxarifado, o protocolo, o setor de compras também possuem módulos que facilitam tanto o serviço dos funcionários quanto a resolução de questões acadêmicas.
Em alguns campi o processo de implantação está quase no fim. Mas em Palmas ainda há muito a fazer. De acordo com Paulo Roberto Almeida, Chefe da Biblioteca do Campus de Palmas, a implantação é dividida em duas partes. Primeiro é feito o cadastramento dos livros no computador, depois a instalação de campos para reserva de livros, empréstimos e devoluções. “Só no acervo de Palmas há mais ou menos 50.000 livros”, diz Almeida. Em bibliotecas como a de Tocantinópolis, com 5.000 livros, a implantação já está na segunda fase. Em Palmas, o cadastramento do acervo deve finalizar no dia 23 de junho.
Essa nova forma de encontrar livros irá facilitar a vida do universitário que não mais precisará ficar horas olhando de uma estante a outra na tentativa de saber se o livro solicitado faz parte do acervo do campus ou está emprestado. Além, é claro, de agilizar o processo de empréstimo. Em uma biblioteca como a do campus de Palmas, que chega a receber 600 usuários em época de avaliações, o novo sistema poderá atender muito mais, pois o atendimento será mais rápido. Outra facilidade é a reserva do livro pela internet. “Estamos estudando a possibilidade de o aluno renovar o empréstimo do livro pela rede. Mas é apenas uma possibilidade”, diz Almeida.
O responsável pela parte técnica da implantação do sistema é Gilson Martins, técnico de informática de Palmas, que foi à Universidade de Santa Maria (pioneira no uso do programa) no Rio Grande do Sul conhecer o software antes da implantação da primeira fase. O programa já está em funcionamento. Basta entrar no site da UFT e clicar no ícone Bibliotecas.

Governo não entende Economia Solidária




Por: Diego Soares

Durante o 3º Encontro Estadual de Economia Solidária, realizado no início do ano, na Universidade Federal do Tocantins – UFT, órgãos representantes do governo do Estado mostraram seu distanciamento do evento e o quanto realmente o governo entende do assunto. Já na abertura, foi apresentado um vídeo institucional do governo mostrando latifúndios e estímulos ao capitalismo para um público que prima por um outro tipo de relação econômica, baseada mais nas relações sociais do que mercadológicas. Durante o encontro, enquanto os órgãos estaduais se apresentavam em estandes bem elaborados, acontecia uma tradicional feira de troca solidária, na qual os objetos para troca eram dispostos em um tecido no chão. Representantes do governo tentaram adaptar a feira de troca a seus padrões, mostrando com mais uma gafe seu pouco entendimento da economia solidária diante de comportamentos tão contraditórios. Apesar de desconhecida pelo governo, a economia solidária tem sua origem ainda no período em que os homens viviam em tribos, costume ainda hoje de tribos contemporâneas, onde a troca de produtos é uma prática contínua. Na Grécia, animais e serviços eram trocados por não existir moeda, hoje comunidades agrícolas e cidades interioranas seguem a tradição de trocar produtos e manter o comércio local.
A economia que estimula a valorização do comércio interno e práticas sociais voltadas para o ser humano, desestimulando o consumismo, não está presente somente nas comunidades interioranas, mas também em grandes centros como pôde ser visto em um recente boicote comercial que arrasou a economia argentina. A população se manteve através de trocas de produtos e serviços até a crise ser amenizada. Para Fernando Gomes, membro do Núcleo de Economia Solidária da UFT (NESOL), a melhor definição para este modelo econômico é "a economia do sentimento". Seu contato com ela surgiu durante o último Fórum Social Mundial, onde foi apresentado à moeda social. A moeda social é feita por comunidades com o intuito de inibir o consumo fora da localidade. Para organizar essas transações até bancos são criados para movimentações cambiais, vendas e até pequenos empréstimos. Para conseguir um empréstimo em um banco solidário o cliente deve ser avalizado por seu vizinho, já que se entende que ele o conhece socialmente, melhor do que ninguém. Os empréstimos são feitos em moeda social ou corrente. Geralmente valores pequenos para reparos ou compra de produtos. O pagamento do empréstimo pode ser feito em forma de moeda social, produtos ou serviços. Questionado se o modelo econômico baseado no ser humano não seria frágil Fernando Gomes responde: "Na lógica do mercado, ser fraco é ser excluído. É para esse que a economia solidária serve."

ESPORTES QUE VOCÊ PRATICA NO ARMÁRIO

Entrevista

Para continuar a série de entrevistas com os professores da Universidade Federal do Tocantins do curso de Comunicação Social, os alunos Luiz Otávio S. Soave e Daniel Coelho, da área esportiva do Jornal-Blog “O Armário”, fazem suas perguntas para o professor Elson Kikowski mais conhecido como Kiko. O professor de Antropologia Cultural, que diz já ter praticado informalmente futebol, gosta de fazer caminhada, conta porque não é mais praticante e relembra um fato estranho durante uma pelada de futebol. Ele dá também sua opinião sobre a questão do esporte na UFT e propõe uma atitude.

O Armário: Kiko, qual esporte você já praticou ou ainda pratica?
Elllson: Gosto de andar de bicicleta, fazer caminhada, mas perdi o hábito há uns três meses atrás. Gostaria de voltar a praticar Kung-Fu e eventualmente jogo futebol. Hoje eu ando de bicicleta por praticidade e por possibilitar que eu enxergue melhor as coisas, consigo observar mais.

O Armário: E por que parou de praticar os outros esportes?
Elsoninho: Bom, eu ando de bicicleta, mas gostaria de fazer caminhada. Me dá mais prazer e considero mais saudável, mas sofri uma tentativa de assalto. Eu só tenho tempo à noite, e na Praça dos Girassóis fica muito escuro. Eu estava correndo e três caras de bicicleta me observavam, mas acho que por morar na periferia de Brasília já percebi o motivo. Eu estava só com meu celular e quando dois deles vinham por trás, eu me virei e já fui conversar com eles. Como eles não esperavam por isso, já ficaram logo sem reação. Pediram meu celular, mas, correndo para um lugar mais iluminado, disse que não podia entregar. Então por isso parei de fazer caminhada na praça. Quanto ao Kung-Fu, eu ia retornar, mas caí de moto e machuquei o joelho, então ficou mais difícil e também para o futebol.

O Armário: Já aconteceu algum fato interessante ou inusitado com você relacionado aos esportes?
Kiko: Bom, tirando a tentativa de assalto, eu jogava futebol em Planaltina com meus amigos. Lá é uma região tão violenta que a situação chega a ser banalizada. Começávamos a jogar umas dez da noite e ficávamos até cerca de 2 da manhã, que é a hora que geralmente começava o tiroteio. A gente se jogava no chão e esperava acabar. Isso acontecia também nas festas, depois era só levantar e ir embora. Uma vez joguei pelado, mas eu explico. Estava chovendo e havia um cara que estava doidão, dizia que o sonho dele era fazer um gol pelado. Mas um outro que talvez tivesse problema mental (o coitado é que leva a fama de doente mental) dizia que se fizessem isso ele chamaria os amigos dele (os bandidos). Como já estava chovendo e não tinha ninguém na rua, não deu outra, todo mundo jogou peladão só para sacanear com o coitado.

O Armário: Qual esporte você sugeriria ao seu filho e por quê?
Kikozo: Acho que xadrez ou natação. Natação, por ser completo. Não desgasta as articulações, massageia e desenvolve o corpo. Eu gostaria de ter paciência para praticar, mas acho que esse é o esporte que eu sugeriria ao meu filho.

O Armário: E de qual esporte você menos gosta e por quê?
Kikowski: ...Acho que luta livre. Acho bizarro aquilo, talvez possa parecer bonito para alguns, mas é como se eu estivesse no Coliseu, aplaudindo enquanto dois se matam no ringue. Além disso, a reação que a luta causa nas pessoas me faz sentir menos humanizado.

O Armário: Você tem algum ídolo no esporte?
Mike Wasawski (Monstros S.A.): Mireya Luis, da seleção cubana feminina de vôlei. Ela era espetacular, treinava com os homens e foi por muito tempo considerada a melhor jogadora. A superação foi seu ponto forte, e apesar de ter recebido ofertas de times de todo o mundo, ela preferiu continuar em Cuba e desenvolver o esporte em seu país.

O Armário: Torce por algum time de futebol? Qual?
Elsowski: Eu tenho me afastado dos times brasileiros ultimamente, mas torço pelo Botafogo por herança paterna. Não tem me chamado atenção, acho pouco objetivo. Por comparação acho que os campeonatos estrangeiros, até mesmo o japonês, são mais objetivos. Estes torneios exigem mais dos jogadores como o Robinho, que antes aqui só fazia as pedaladas, além de conterem jogadores do mundo todo. Tenho admirado o Galatassaray da Turquia.

O Armário: Qual sua opinião com relação ao esporte e UFT?
Kiko: Acho que a UFT deveria ter esportes e se possível, mais esportes coletivos. Eu já vi Truco, Dominó, corrida... Para pegar o Basa, o que não deixa de ser uma atividade esportiva e também radical. Acho que os alunos deveriam aproveitar melhor o gramado para jogar futebol ou vôlei. Não foi criado ainda um espaço de convivência por não existir uma mobilização por parte dos alunos. Eu vim de um lugar que não existia quadra de futebol e mesmo assim nós jogávamos na rua, se houver demanda então a universidade dará mais atenção. Meus alunos jogam de forma improvisada, não existe ginásio onde dou aula. Acho que é necessário um intercâmbio maior entre aluno e professor e agora que a UFT tem convênio com o SESC, os alunos e professores deveriam desfrutar das dependências do local. No campus da universidade, deveriam aproveitar melhor a beira do lago, já que os alunos não têm acesso ao lugar, penso que seja um caso a se pensar.